quinta-feira, 26 de março de 2009

CENE mantém invencibilidade de 2 anos contra Operário

Julio Carvalho
Daiany Albuquerque

No dia 25 de março aconteceu o clássico entre dois dos maiores clubes de Campo Grande no estádio Morenão. CENE e Operário fizeram um jogo de contrastes; o CENE almejava a continuação da busca pelo Itaporã, o líder do Grupo B. O Operário, por sua vez, queria um bom resultado para, pelo menos, aproximar-se do penúltimo colocado Rio Verde, também pelo Grupo B. O CENE teve três desfalques para o início do jogo; Éder, Erick e Jean.
No início da partida, o Operário tomou a iniciativa do jogo, atacando, na maioria das vezes, pelo lado direito. Mas quem marcou primeiro foi o CENE, com Wanderson; o atacante saiu da marcação de dois zagueiros operarianos e bateu firme na saída do goleiro, abrindo o placar.
No entanto, o Operário não sentiu o gol e voltou a atacar. Por meio de outra investida pela direita, Adriano Luiz cruzou e Léo aproveitou de cabeça, empatando o jogo.
Após falta em Wanderson, o CENE teve outra oportunidade de ataque. O goleiro do Operário, Lopes, saiu bem, tirando o perigo da área.
Perto do final do primeiro tempo, o treinador Vavílson dos Santos foi expulso pelo árbitro Nardon Willian Mendonça por invadir o campo. A segurança policial foi solicitada e a confusão terminou quando Vavílson deixou o gramado, dirigindo-se para as arquibancadas. À partir desse momento, o preparador físico do Operário, Dinei, passou a comandar a equipe.
O CENE chegou ao ataque novamente com Wanderson, agora pela ponta direita. Ele chutou cruzado, com certo perigo. O goleiro Lopes apenas viu a bola sair. No primeiro tempo, foi dado 2 minutos de acréscimo pelo árbitro. Nos descontos, o zagueiro do “furacão amarelo”, Rudson, fez falta dura no volante Róbson, que subia pelo flanco mais usado pelo Operário no primeiro tempo; o direito.
Falta no lateral direito Cafu, aos quatro minutos do segundo tempo. A bola apenas parou na barreira. Aos nove minutos, Wanderson sofre pênalti. O atacante Alex foi punido com cartão amarelo por causa do lance. Na cobrança da penalidade, o próprio Wanderson bate e põe o CENE à frente do placar novamente.
O treinador Paulo Telles tira o meia Nathan e coloca o atacante Robinho. Desse modo, Diego recuou um pouco para fazer a meia, a medida que Robinho e Wanderson compunham o ataque do CENE, dupla esta que se movimentava muito pelos dois lados do campo, dando muito trabalho para a linha defensiva de quatro homens utilizada pelo Operário.
Aos 16 minutos, Wanderson aparece, de novo, com perigo e dessa vez pela esquerda. Lopes defende sem problemas. Participando muito do jogo, Wanderson ataca pela direita, aos 18 minutos, a zaga tira. Duas substituições sucedem-se; a primeira, pelo Operário. Dinei troca o atacante Alex por Carlos Henrique. Paulo Telles saca Diego (que jogava de meia, apesar de ser atacante) e manda pro jogo Éder Silvio, volante, aos 22 minutos.
Nos lances seguintes, o Operário teve duas oportunidades por meio da bola parada. Uma pressão foi ensaiada, no entanto, ambas as chances foram sumariamente desperdiçadas. Integrantes da comissão técnica do Operário e o preparador físico Dinei reclamaram, nesse momento, com o quarto árbitro Paulo Henrique Volkop, por não haver punição ao atacante Robinho, do CENE, após falta pesada. Então, o CENE tratou de por um fim nas investidas, mesmo que modestas, do Operário. Aos 28 minutos, Wanderson, aproveitando a “avenida” deixada pelo lateral esquerdo operariano Róbson, (pois o lateral havia atacado no lance anterior), cruzou, desde o lado direito, na medida, para Gabriel estufar as redes do gol de Lopes e colocar 3 a 1 no placar, a favor do CENE. Dois minutos depois, numa jogada entre Robinho e Wanderson, quase saiu o quarto gol do “furacão”. Wanderson acertou a trave.
O lateral direito do operário, Gaúcho, após contusão, saiu do jogo para a entrada de Jean aos 34 do segundo tempo. Saem também William, do Operário, para a entrada de Pedro Júnior. O lateral esquerdo Danilo do CENE também sai, para a entrada de Renan.
O jogo termina ao 47 minutos.
O treinador Paulo Telles disse que o CENE, por ser uma equipe ainda nova, oscila demais e perde muitos gols. Ele citou os garotos Renan e Nathan, ambos com 17 anos. Segundo ele, os jogadores ainda darão muitos frutos para o futebol de MS. Disse ainda que o importante foi somar os 3 pontos, fator que impede o distanciamento do Itaporã na tabela. Paulo Telles elogiou a atuação da auxiliar Vanessa de Abreu, dizendo que “ela é uma boa bandeirinha, no sentido de arbitragem”. Elogiou o árbitro Nardon Mendonça, e, na opinião dele, o outro auxiliar exagerou nos escanteios e impedimentos contra o CENE, visto que não houve nenhum impedimento marcado contra o Operário no segundo tempo.
Com essa vitória, o CENE vai a 25 pontos, ainda a seis pontos do Itaporã, que venceu o Coxim por 3 a 0. O Operário fica com seus 4 pontos e na última posição do Grupo B. O próximo compromisso do CENE é fora de casa, contra o Misto, equipe que enfrenta o Corinthians pela segunda fase da Copa do Brasil. O Operário não joga na próxima rodada. Dia 04 de abril pega o Misto no Morenão.

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